Já parou para pensar em quantos significados a palavra lixo carrega?
Aprenda a diferenciar lixo e resíduo.
Normalmente associamos a palavra lixo aos objetos (ou restos) que não são mais úteis, o que não está errado. Mas existem diversos conceitos relacionados ao tema, como resíduos ou rejeitos, por exemplo, que podem dificultar a compreensão.
O fato é: não importa de qual palavra estamos falando quando o assunto é o descarte, sabia? Porque não existe “jogar fora”. Tudo o que colocamos na lixeira acaba em algum local do planeta.
E para entender qual a forma certa de se desfazer de um item, é importante entender os conceitos de lixo e resíduo. Então vamos lá:
O que é lixo?
Resumidamente, são todos os resíduos gerados pelo homem e que não possuem mais utilidade. Antigamente, o lixo produzido em cidades era prioritariamente de itens orgânicos, o que facilitava a destinação.
Com o crescimento da população, a produção industrial e a quantidade de lixo gerada pelo homem aumentaram, assim como o volume de descarte. Como grande parte acaba em aterros sanitários e lixões, isso contribui para problemas ambientais e sociais.
Por isso é importante tomar cuidado com o que consumimos (vale perguntar se é realmente necessário), escolher produtos que agridem menos a natureza (como dar prioridade ao papel, em vez do plástico), evitar o uso de sacolas plásticas, entre outras coisas.
O que é resíduo?
É aquilo que foi descartado, mas que ainda tem utilidade para a indústria. Isso significa que os resíduos não precisam chegar ao meio ambiente, podem ser trabalhados para voltar ao ciclo produtivo.
E essa é a famosa reciclagem, nossa grande aliada da economia circular.
Vale destacar que o modelo de economia linear, que não prevê a logística reversa, já está com os dias contados, porque o mundo já percebeu que não dá para continuar com o modelo de produção que não prevê a reutilização de embalagens e produtos.
Voltando aos resíduos, eles são classificados pela legislação brasileira, atualmente, em quatro grupos: papel, plástico, vidro e metal. Para garantir a reciclagem, eles devem ser separados do lixo comum e enviados à coleta seletiva, que será responsável por dar a destinação adequada aos materiais.
Gestão eficiente dos resíduos para empresas
O compromisso com o conceito ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança) é algo que tem ampliado o interesse das empresas por soluções de gestão dos seus resíduos nos últimos anos.
O primeiro passo é a gestão eficiente dos resíduos, que começa na análise do ciclo de vida do produto e das embalagens. As etapas passam também pela escolha de material, produção, coleta, armazenamento, transporte, logística reversa, entre outras.
Existem leis ambientais, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que criam diretrizes e metas para todos os atores da cadeia, do produtor ao consumidor. O cumprimento evita multas e garante a autorização de funcionamento.
Mas não para por aí: é a melhor forma de contribuir para a diminuição do impacto ambiental causado pelas atividades da empresa e agrada também o público mais exigente.
Separação de resíduos, coleta seletiva e reciclagem
A separação entre lixo e resíduo e a coleta seletiva contribuem para importantes questões:
- diminuição do aquecimento global, do desmatamento e dos gases causadores do efeito estufa;
- diminuição da geração de lixo e do descarte em aterros e lixões;
- Incentivo a operadores e cooperativas que fazem o trabalho de triagem do material para enviar à indústria de transformação;
- Incentivo ao consumo consciente (porque é muito mais fácil de perceber o quanto produzimos de resíduos).
Então, a conta é simples: quanto menos lixo produzido e mais material direcionado à reciclagem, menor a necessidade de encontrar novos espaços para aterros sanitários e lixões nas cidades.
Além disso, quando incentivamos o processo de reciclagem, evitamos a extração de matérias-primas virgens para a produção de itens e embalagens.
O tal do “jogar fora”: Lixo e Resíduo
Depois que “jogamos fora” nossos lixos e resíduos, já vimos que eles podem acabar em aterros ou lixões (na própria natureza) ou voltar ao ciclo produtivo depois de reciclado. Não existe outro caminho. Mas como é o cenário da reciclagem no Brasil?
Não é muito animador. De acordo com a Abrelpe (Associação Brasileira de Limpeza de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), o país recicla apenas cerca de 4% de todo o lixo gerado em seu território. Isso acontece porque ainda é um hábito pouco conhecido e por falta de infraestrutura (questões que o DRT Group, Com suas UVS – Unidades de Valorização Sustentáveis tem o objetivo de mudar com o planejamento estratégico e trabalho realizado desde 2012).
Em casa, como consumidores, o melhor começo é a conscientização. Levar informações para os outros moradores entenderem melhor sobre reciclagem e criar uma rotina que contemple essas ações são os primeiros passos.
A parte que pode ser reciclada deve ser descartada em uma lixeira diferente, especial para esse fim.
Neste processo, inclusive as crianças podem participar, identificando desde cedo quais materiais devem ser reciclados. Que tal formar pequenos fiscais da reciclagem dentro de casa?
Além disso, é importante se informar sobre os horários da coleta seletiva do bairro, porque é ela que garante que o material será destinado à reciclagem.
Desta forma, a família pode ter certeza que o material separado chegará a Reciclagem (local que se separa papel, vidro, metal e plástico e os encaminham novamente para a indústria).
Para fechar o ciclo, a reciclagem consiste no processo final de transformação dos resíduos. É quando uma garrafa PET vira outro produto de plástico, ou a latinha de metal passa a ser outra latinha. Bacana, né?
Ou seja, é parte fundamental da economia circular.
Agora que sabemos o que é lixo e resíduo, podemos pensar em ações e praticar novos hábitos para contribuir com a natureza. Que tal se inspirar ?
Faça parte desse movimento e é claro, escolha a melhor opção para estar seguro cumprindo com a PNRS!